Mineiro ê, mineiro a
O vovô ficou cansado de jogar o caxangá
Pele de chocolate, cabelos de algodão
No dorso um cachicol, cachimbo e bengala na mão
O vovô com paciência prosava com consciência
Dos açoites da senzala pra sofrer escravidão
Quem tolherá as lembranças que não terminam
Gemidos, tormento e dor nas bandas do sul de minas
Ainda bebe a cachaça do bambu
Jamais se perdeu na fé na dança do caxambu
Mineiro ê, mineiro a
O vovô ficou cansado de jogar o caxangá
Pele de chocolate, cabelo de algodão
No dorso um cachicol, cachimbo e bengala na mão
O vovô com paciência prosava com consciência
Dos açoites da senzala pra sofrer escravidão
Vovô contando dava lágrimas no olhar
Tudo que ele suportou na fazenda de sinhá
Hoje de perto os açoites já não doem
A alegria em nosso lar, temos ele como herói
Mineiro ê, mineiro a
O vovô ficou cansado de jogar o caxangá