Muitas sementes plantamos até chegar aqui
Mais espinhos do que rosas até chegar aqui
Mãos calejadas, cicatrizes, ainda estou aqui
Meu foco é no progresso, nunca sucumbir
E eu vou seguindo... vou seguindo
Na real, nada fácil, tudo feio, nada lindo
E eu vou seguindo... vou seguindo
Escrevendo palavras fortes como absinto
E forte na luta da vida, assim eu me sinto
Tive que ser forte quando estava fraco
Era cobrado como homem desde menino
Sem perder meu tempo com coisas efêmeras
Ser passageiro ou duradouro, a mim caberá
Trabalhando sempre, mas só o tempo dirá
Se valeu a pena o trabalho, só o tempo dirá
Vivendo o momento, fazendo tudo se eternizar
Mas a mundo não pára, um novo amanhã
Por isso sou fã das voltas que o mundo dar
Hey
Sabedoria não são drogas, então abuse
Não se cobra para usar cabeça, então use
Livros nas mãos como armas, não Uzis
A razão é difícil de se achar, então procure
E quando encontrar a razão, faça que dure
Censura nas expressões, não há quem ature
Intolerância é uma doença, então se cure
Sigo fazendo tudo de forma improvável
Pela minha família bem numa vida confortável
Fracos querem meu fracasso, bem provável
Mau sabem eles que minha fé segue inabalável
"Tudo podemos aonde tem fé e trabalho... "
Refrão
E é pelo progresso, lutando pelo acesso
Tudo nosso, nada deles, eu confesso
Que cometi excessos, mas a pena valeria
Por um novo amanhã, um novo dia
A cada passo dado, uma nova correria
Mas como já dizia: tudo nosso, nada deles
Tudo nosso, nada deles, viva a família
Que nunca se inverta mano, os meus conceitos
Sei que sou falho, por aqui ninguém é perfeito
Então me perdoe meu amor, esse meu jeito
Mas tenho honrado tudo o que trago em meu peito
Uns morrem pra ser notados, outros por notas
Então grava, registra, melhor. Anota
Desde de criança achei meu refúgio nisso aqui
Hoje eu cresci e meu refúgio continua por aqui
Eu também ouvi que os últimos serão os primeiros
Belo ditado, pena que não é verdadeiro
Por aqui tmj é corriqueiro, meras falácias
Porque se eu não correr por mim não há quem faça
Nem de graça, não me chame de parsa
Enquanto a vida não me oferece cálices
Eu sigo erguendo as taças
Antigamente acorrentavam nossos semelhantes
Foi assim, em um tempo não tão distante
Mas tudo virou, num destino inconstante
As correntes ainda continuam presentes
Agora são de ouro cravejadas com diamantes
Não por ostentação, mas por auto-afirmação
Porque tudo podemos aonde tem determinação
Então preste atenção no que irei te falar
Eu também quero, também quero é
Banco de couro confortável num Jaguar
Pode falar, eu sei que vão falar
Me criticam querendo estar em meu lugar
Mas eu sigo fazendo, eles seguem de blá, blá, blá
Refrão
E é pelo progresso, lutando pelo acesso
Tudo nosso, nada deles, eu confesso
Que cometi excessos, mas a pena valeria
Por um novo amanhã, um novo dia
A cada passo dado, uma nova correria
Mas como já dizia: tudo nosso, nada deles
Tudo nosso, nada deles, viva a família