[dan]
Aqui no rio é foda!
Na sombra chove, no sol tu ferve
Os metido não comove
E os comovidos não se mete
O martelo do juiz é um cano engatilhado
E o lugar mais seguro
É com os perigoso do lado
Eu me movo, me promovo
Não me comovo de novo
Mas o povo me vê como louco
Que tem que aprender a ser bobo
Eu sou da noite, sou um corvo, sou sem rosto
A madruga escreve de preto fosco
Branco, ou prata você não vê nada!
Quando cê acordar tua mureta tá pintada
Eles vêm do nada cafungando meu dedo
A 'neresi na tenoi columa' gera medo
Com sentidos alterados e memória reduzida
Capacidade de raciocínio comprometida
Vários nomes tacados na pista, 'dodiper' na vida
Você ainda se pergunta
Como ele chegou lá em cima?
[fercley]
Vandalismo sem fim reprimido por 'dome'
'dãopacha' de olhos vermelhos
E um skate no meu pé
No rolé escoltando as pastilha e as 'drape'
A cara tá explanada e a mente alucinada
Despensa os flagrante pra não tomar tapa na cara
De 'ssãomi' com a escada estourando a janelada
Na marquise ou no beiral atividade é dobrada
Como zaquel eu quero subir pra poder 'charpi'
Espancando de preto fosco
As escolta de "nhodrivi'
'sedafo cialipo' que os flagrante tão intocado
Mas se rodar com a 'tatin'
Tu vai pra casa todo pintado
Esculachado na pista como fora da lei
Artigo 163: usuário de spray
Se'gali' no 'popa' dos 'columa dãodaman'
Que é de pinote no calote
Pra não 'darro pros naca'
[dan]
Skatista, rueiro, mc, graffiteiro
Do 'charpi', maconheiro
AAh! saia do bueiro
É tudo nosso! rua, calçada, parede
Com a 'tatin' colorgin mate sua sede!
Deixe sua marca no muro da babilônia no breu
Pra quando nós passar dizer: aquele é meu!
Mas se 'gali' no 'popa néma'
Os 'naca' tão na 'tapis'
E eles estão doido pra te ver rodar
De ponta a ponta do rio, da lapa a bangu
De 'ssãomi' na 'lavefa' pra poder 'mafu'
Pra nós não tem dia, pra nós não tem hora
Mas se eles vier... hum... joga fora!
Esconde o birrin
Entoca o finin
Deixa eles achando que nós tamo purin
Eu canto a minha vida em rap underground
Não fique 'dãodaman' e nem se escalde
[fercley]
Eu me escaldo com os recalcados
Que tão ali na pista
É uma pá de atrasa lado de rolé em casa esquina
Colorgin tá na mochila e o gol bola tá na mira
A marola me explana
Mas o boldo ninguém confisca!
'dozenfa çamafu dãopacha de çachaca
De kebi na ssãomi pra marfu nhacoma'
Dois conto no bolso e um corte de 'dase'
É a lei do duende
Quem aperto é quem vai acender
Se for na paulista, tu puxa, prende e rola
Agora solta, passa a goma que o ret tá de volta
Se é pra fazer a cabeça
Tem que ter cabeça feita
A realidade do viciado é o pesadelo do careta
Vivo fazendo rabisco, sempre correndo risco
Já vi vagabundo até engolir o birro!
Os muro da cidade enfeitados pelo vício
O que pra nós é arte urbana
Pra sociedade é vandalismo
[refrão
Esconde o birrin
Entoca o finin
Deixa eles achando que nós tamos purin
[dan]
Não é caô parceiro, e nem falsidade
Realidade da rua em tom de malandragem
Essa é pros loucão que fica no busão
Admirando as paredes cheias de pichação
[fercley]
1, 2 Nem me viu, já invadi o trem
Supervia mete a cara mas não vai achar ninguém!
Sobe no sapatinho que é pra nego não te ver
Uma vez pichador, pichador até morrer!