Por acaso algum dia você se importou
Em saber se ela tinha vontade ou não
E se tinha e transou, você tem a certeza
De que foi uma coisa maior para dois
Você leu em seu rosto o gosto, o fogo, o gozo da festa
E deixou que ela visse em você
Toda a dor do infinito prazer
E se ela deseja e você não deseja
Você nega, alega cansaço ou vira de lado
Ou se deixa levar na rotina
Tal qual um menino tão só no antigo banheiro
Folheando as revistas, comendo a s figuras
As cores das fotos te dando a completa emoção
São perguntas tão tolas de uma pessoa
Não ligue, não ouça são pontos de interrogação
E depois desses anos no escuro do quarto
Quem te diz que não é só o vicio da obrigação
Pois com a outra você faz de tudo
Lembrando daquela tão santa
Que é dona do teu coração
Eu preciso é ter consciência
Do que eu represento nesse exato momento
No exato instante na cama, na lama, na grama
Em que eu tenho uma vida inteira nas mãos