Lápis e caneta na mão
Esperando a canção que não quer chegar em mim
A um querer tão incerto, de querer estar por perto
Mas com medo de me achar
A caneta já não serve mais
Não quero escrever o que você não pode ouvir
A borracha até apagou, um terço do amor
Nas linhas verdes diante de mim
Não queria te dizer, mas o medo de perder
Parece até com meu grafite
Que de tanto escrever
Começou a encolher
Quando com raiva eu joguei no chão
Então quero que você refaça as pontas do meu coração
Depois cola direitinho ao seu com carinho
E não deixa desgrudar mais não
No compasso o mundo gira, e a vida feito régua traçou retas para mim
Escolhi umas e outras, mas na múltipla escolha
A escolha certa é assim...
É como uma aquarela
Colorindo o céu e a terra
Pincela e beija meu amor sem fim