A barulheira incessante da cascata
Um sabiá cantando alegre lá na mata
O sol que nasce por detrás dos verdes montes
Punindo a terra com o céu no horizonte
E a natureza sempre alegre, tão festiva
No prazer ruidoso e comunicativa
E o arvoredo com a músicas dos ninhos
Formam-se poemas a beira dos caminhos
Ai, ai, ai, mas como é lindo
O despertar do meu sertão
Ai, ai, ai, bença meu pai
Bença minha mãe, bom dia irmão
Já é manhã e as aves namoradas
Falam de amor no alto das gramadas
E o caboclo ligeiro deixa a palhoça
Pega na inchada e vai cuidar da sua roça
E a cabloquihna, tão bonito coração
Corre toda aflita, cuidar da criação
Tudo se agita em doce harmonia
E assim no meu sertão começa um novo dia
Composição: Elpídio Dos Santos / Pádua Muniz