Cadê o verde do meu Sertão?
Cadê o bom tempo
Que já foi realidade?
Da fartura que enchia
O nosso prato
Ai! Que saudade meu Deus
Ai! Que saudade!
Me lembro do fifó
De azeite da mamona,
Do sal em pedra
E do fogão de lenha,
Que cozinhava
A feijoada mais gostosa
Que a mamãe preparava
Com prazer e perfeição.
O meu Nordeste
Já não é mais do cabra-da-peste
A gente vê, a gente só vê
É o nordestino sofrer!
Se quiser melhora
Se manda para Sâo Paulo
Porque não adianta
Enfrentar a incerteza;
Pois as promessas na Televisão,
Em Manchetes
E Jornais é uma graça;
Prometem tudo
Com boa explicação.
Espero que um dia
Vamos ver a solução.
O meu pobre coração
Nordestino é sofredor
O importante
É o que sou, sou o que sou;
Senhores de grevata
Que estão no poder
Não deixem
Meu Nordeste desaparecer.
Eu quero ver
O sertanejo trabalhar
Com alegria e esperança
De que tudo vai mudar,
Com fartura na mesa
Ele fica contente
De barriga cheia
Aprendendo o bê-a-bá.
O homem nordestino
Merece atenção
Acima de tudo,
Bastante respeito,
Ele é um grande heróI
Do pé no chão,
Ele é poeta, é professor,
É diplomado em direito.