Quando eu cheguei nesta cidade
Eu era assim
Cheio de sonhos e de vontade
Dentro de mim
Fiquei sozinho, nesta cidade
Das multidões
Como falar, com as pessoas
Se eram milhões
Andar nas ruas era um mistério
Do meu olhar
O que fazer, pra onde ir
Onde ficar
Levei meu canto pelos caminhos
Da emoção
Daquela gente
Perdida como eu na multidão
A minha história
Foi toda escrita pelo que eu vi
Não inventei
Nem disse nada que eu não senti
Dizem que abuso
Muito do termo sentimental
Mas canto a vida
Como ela é, ao natural
Nesta cidade
Fazem dez anos que eu me perdi
Aqui o homem
Tem muita coisa, que descobrir
Digo a essa gente
De preconceito no coração
Que o meu canto
É o mesmo que aprendi na multidão