Eu tenho um tio que mora na minha casa
E ganhou do meu vizinho um pintinho pra criá
De madrugada antes de tomá café
Pintinho já tá de pé piando pra lá e pra cá
E o meu tio não sei o que ele faz
Levanta tarde demais quando é tempo de frio
Nessas artura já não posso mais trabaiá
Pois tenho que vigiá o pintinho do meu tio
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
E o meu tio anda muito preocupado
Porque o pintinho danado tá crescendo pra chuchu
Um dia desse o pintinho de surpresa
Subiu em cima da mesa e quebrou meu abajú
Esse pintinho qué sê muito inteligente
Se joga em cima da gente pra podê se agasaiá
Urtimamente descansar eu não consigo
Pintinho dorme comigo pra podê me beliscá
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
Quando o meu tio chega em casa cansado
E o pintinho está deitado debaixo do pé de amora
Acho engraçado quando à tarde está chovendo
Meu tio chega correndo e deixa o pintinho pra fora
Tô esperando quando o meu tio saí
Quarqué dia vô fingi que o pintinho sumiu
E vô perdê a paciência guardada
Vô dá uma cacetada no pintinho do meu tio
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
Chô, chô, chô pintinho, chô, chô
Se não qué que eu te pise não fique onde eu estô
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)