Venho bem, venho mal
aqui nessa cidade (Rio de Janeiro)
É difícil conviver
com a inveja e a desigualdade (e o preconceito)
Há dores no meu corpo, um escravo quase morto
de tanto levar na cara um não de não há vagas
Sou indigente, me ajudem por favor
quero casa, trabalho e escola, um fim de semana com meu amor
Com o meu amor
Cai poeira, estou andando em círculos (o que fazer?)
cercado pelo vício, a ganância de poder (ninguém tem dó)
Preciso de um emprego, quero ser um cidadão (respeitado)
não me atire pelas costas, oh não
Na minha frente não diga, não!
Sem curriculum, maltratado, encostado na parede
perseguido, escrachado, humilhado, mas eu sigo em frente
Sou indigente, me ajudem por favor
quero casa, trabalho e escola, um fim de semana com meu amor
Olha a capoeira
Oh capoeira
Oh capoeira
Oh capoeira