Não acenda a droga do fósforo na chuva
Não queima as folhas, as horas, o papel, a curva
Não pára o vento, não acenda a chama
Não funciona a concha das mãos no meu canto sozinho
Mas, de resto, no tédio igual
Dos que não sentem nada está tudo bom
Carro com vidro escuro
Chegando pra pegar a namorada na saída do cursinho
Playboy malhando nos brinquedos do parquinho
Barulho do baba na quadra molhada
Menino cheirando cola no banquinho
Eu diferente no lado mais escuro da praça
Oferecendo à noite, que me acompanha, o velho ritual
Espalho folhas mágicas iluminando o rosto] (Refrão)
Acendo outro gosto nesta terra sem sal