Você me diz
Que a vida só é breve
Pra quem vive ocupado
Sem querer filosofar
Perambulando
Nas janelas da memória
Espicaço tantos vícios
Poderes, mapas, fortunas
Que não dá pra desfrutar
É duro viver
Nesse mundo de aparências
Tantas vidas esbanjadas
Por esforços indolentes
Incapazes de sonhar
Sem empregar melhor o nosso tempo
Pagar a ele um dito salário bom
Aproveitar a arte do instante
E dançar xote para se purificar
O xote é movimento
Fluindo sem parar
Uma sabedoria
Que sacode o Ceará
Para viver assim
É só não hesitar
Ao belo caos de ondas
Em deleite à beira-mar
O xote é movimento
(o quê?! o quê?!)
Para viver assim
Em deleite à beira-mar
(hesitar por quê? hesitar pra quê?)
É...é...é...é movimento!
(sacode, sacode, sacode o Ceará)
É movimento
Em deleite à beira-mar
Há! Há!