Ando campeando guarida,nos caracóis do meu mate
Busco razões para a vida quando a saudade me bate
Na solidão que atropela o breu da noite encardida,
Por vezes fico a janela bombeando a estrada comprida
Nesses momentos fugazes
A tua imagem vem pedir passagem
Ao meu pensamento:
Sem perceber que judia
Sorrindo me espia e traz nostalgia
Nas asas do vento
A lua-parceira ingrata que abandonou-me na estrada
Crava as rosetas de prata na ilharga da madrugada,
Só o mate amargo lavado que já me abriu tantas portas
Vara a noite ao meu costado,na ronda das horas mortas