DA COR DO CHÃO
Trago a sina da estrada
a poeira na fala
a campina é a sala
a várzea é o oitão
e o sempre verde juazeiro
à sombra do terreiro
amansava o chão
Lembro das saudades boas
nos versos nas loas
que meu pai cantava
no arrastar das roucas melodias
toadas poesias
para quem chegava
Vem meu “passarim” canção
desmancha a escuridão
faz rebentar o dia
vem, troveja o meu sertão
na rama do feijão
na cor da melancia
Deita os “oi” no boqueirão
pra ver a mansidão
do gado que pastava
menina mansa
estende-se na lembrança
era a esperança
que o mundo esperava