Minha palavra torta, teu sentimento reto
O meu traço imperfeito, as tuas curvas certas
Os teus caminhos tantos, as minhas mãos perdidas
O meu corpo fechado, o teu peito aberto
Os meus braços pedras, tua cabeça água
As tuas pernas cruzam, o meu olhar indiscreto
O teu olhar de entrega, meu pensamento flecha
Tua razão perdida, meu coração em festa
O teu corpo liso, a minha alma voa
O teu cabelo à toa, o meu tesão a vera
Par impar, par ímpar
Par impar, par ímpar
Composição: Cleudo Freire / João Salina