O relógio da parede vai marcando as horas
Com seu pêndulo intermitente o tempo vai escapando
Pelos dedos . Como um punhado de areia fina
Que escorre da sua mão . Tudo passa como a fumaça quente
De um lotação que na rua em frente segue um rumo
De um rumo eu dava falta , sou de nave errante , astronauta
Que descobriu sua missão . Quantas gerações passaram por
Este mundo , sonhos e intentos , deixaram num segundo
Foram-se como a poeira que o vento leva
Todavia como disse o pregador
Alguma coisa vale a pena debaixo do sol
Alegrar-se no Senhor , naquele que sustenta o mundo com
As suas mãos .
A cegueira é como espora quando bate e fere
E de tudo isto o que ficou são meras cicatrizes
Na memória