A camisa branca que trago escondida,
só usei na noite
Que te encontrei.
Foi amarrotada, amassada e torcida,
nas muitas vezes
Que te abracei.
Por que foi tirada com tanto carinho
e no lugar dela
Eu senti teu calor,
Por nós esquecida, ficou num cantinho
e foi testemunha
De um grande amor.
Naquela noite acordei sozinho,
sentido a falta dos
Carrinhos teus,
Olhando a camisa, aqui no colarinho,
sinal de um beijo
Que foi teu adeus!
Agora me deito e o sono não vem,
pensando no corpo que
Me pertenceu.
E beijo a camisa por que nela tem,
restos de batom e
Do perfume seu
Paixão e saudade, me enche de dor,
por que nunca mais
Eu tive este gosto
E com a camisa que viu nosso amor,
enxugo o pranto que
Molha meu rosto.