Dona da minha cabeça
Não se esqueça desse nosso fim
Talvez nem mereça
Tudo que aconteça
E o que está por vir
Fomos programados, intimados
Colimados sem razão
Sorrisos somados, desencarcerados
Eis a obsessão
A linha tênue entre não queimar a largada
E não esperar o momento perfeito
É esse verso que eu te escrevo
Dona da minha cabeça
Permaneça mesmo que eu não
Esteja preparado
Pra ser teu abraço
Ou ser teu perdão
Toda inconstância da verdade
Traz consigo a direção
Pra reencontrar nossa certeza
Presa, espessa nesse vão
Então, então, ou não
A linha tênue entre não queimar a largada
E não esperar o momento perfeito
É esse verso que eu te escrevo