O amanhecer se faz lamento pra partida
num destino de estradas que se vão
ficou a amada ascenando no portal
e um barreiro toma conta do rincão.
Floreando potros rumo aos campos "de alla"
ao tranco manso tropilhando meus recuerdos
a égua madrinha que a muito me acompanha
vela meu sono na querência dos pelegos.
A alma chora ao lembrar da sua dona
distância grande com silêncio de fronteira
e de regalo levo uma flor temporona
que apanhei no apear de uma porteira.
Num repente um cantar se faz parada
no assoviar do posteiro do rincão
para anunciar uma silueta cançada
e dar descanso pros arreios no galpão.
De boas vindas me alcança um beijo terno
sacio a sede com um mate de amor
a erva e buena e o jujo colhido perto
a volta é certa para os braços desta flor.