Não vou aceitar, não
Qualquer tipo de noção de dependência
Não vou aceitar, não
Qualquer tipo de controle da essência
Não vou aceitar, não
Um mundo em que há um ser
Regulando minha existência
Como um tetris
Como um tetris humano
Eu me encaixo no presente
Vou ressignificando
Desse modo eu descubro
O meu papel, minha razão de ser
Pois somos responsáveis
Pela nossa identidade de mundo
Somos responsáveis
O que nos causa um desespero profundo
Ninguém pede pra nascer
Existe sem garantias
É uma chance de viver
De ser livre dia-a-dia
Mas é normal temer
Diante de tanta liberdade para ser