Noite sinistra, é dia de caça, a pele é preta
A classe é baixa
Extermínio, chacina, homicídio
O sangue alaga toda calçada
Armas exclusiva, pra tira a vida
Ação bem comum dos homens de cinza
Encapuzados, conhecem seus alvos
Chama pelo nome, conhece a família
Não puxa dvc, mas puxa o gatilho
Ação do mão branca, ação de homicídios
Entre feridos, inocentes na hora, e lugar errado
Ficou no prejuízo
É noite em osasco, na grande são paulo
Lá vem os soldados bem municiados
Oculto pra mídia, que venda os olhos
Mas que pro estado é tudo manjado
Sentados no bar, entre mais uma dose
Sem giroflex, chegou dona morte
Resultados em 20 caixão, entre dor e revolta
Ninguém que socorre
Manhã tem repórter, atrás de exclusiva
Coletiva na corregedoria
Parente com nome do vítima, na cartolina
Foto pedindo justiça
Eles matam, eu sei que matam, fuzil na cara
Vem na calada, peja justiça que eles mesmo paga
Menor dispara, sobrevivência, condolência
É violência, a concorrência, sem evidência
Que na favela não tem olho, boca, nem ouvido
É 22 todo indevido é alvo vivo
Eu tenho mais medo de policia do que de banido
Não defendo nenhuma com dedo no gatilho
Carne pra abate, xeque-mate, sem piedade
Ação do covarde, nunca é tarde, na maldade
A pele preta na gaveta, não comove impressa
Sem um minuto de silêncio, luto condolência
Mas todo dia tem ação de algum policial
Que alega que disparo foi acidental
Quem no protesto pede intervenção militar
Nunca tomou enquadro, apanhou ao ser explicar
Pena administrativa, fardados que tiram vida
Existe grupos de extermínio na periferia
Todo cenário de chacina é um bar da quebrada
Que muitas passam até batido, não noticiada
Que ter passagem é pretexto pra sentar o dedo
Fazem toque de recolher, provocam o medo
20 Mortes em semanas cai no esquecimento
Não pros filhos que levam flor no caixão do enterro