Do que te escondes, mulher?
Do que te escondes?
Dás-me teu corpo, como nunca
Assim, sempre, continuamente
Digo que te amo, dizes que me amas
Constróis um muro em torno de ti
Contemplas-me por uma fresta
E continuas dizendo que me amas
Amas o reflexo da luz que passa
A sombra do meu corpo do outro lado
Pensas que me amas e contemplas
Um espectro de cores imaginárias
Olho-te, e julgo que te amo
Percebo o muro em que tua alma ecoa
E me pergunto como posso quebrar as pedras,
Mergulhando também em tua alma
Que difícil minha amada
Que queres de ti?
Do que te escondes, mulher?
Do que te escondes?
De que te escondes, mujer?
De que te escondes?