Uma casinha branca no pé da serra...
Rodeada de jasmineiros e orquídeas em flor,
No fundo um mato fechado de primaveras,
Recanto que é o paraíso de um cantador;
Na frente um João barreiro fez sua casa,
Talvez porque também sofra da mesma dor,
Mas leva a liberdade sobre suas asas...
E voa pra ir buscar o seu amor;
Vai... João barreiro,
Vai por onde for...
Me deixa aqui, sozinho,
Eu abraçado no pinho,
Cantando pra espantar a dor;
Um riacho de água corrente e cristalina,
Que se encosta logo adiante no ribeirão,
Bebe a angústia da tarde que se termina...
No silêncio, tão vazio, de um estradão;
Até o simples rangido de um carro de boi,
Já é motivo da dor desse meu coração,
Que guarda uma saudade de quem se foi...
Deixando esta tristeza e a solidão;
Vai... João barreiro
Vai lá, dizer a ela,
Qu’estou sofrendo de dor,
Sentindo a falta do amor,
Dos beijos e abraços dela;