Coração, o teu afago é uma dor,
que acalenta o meu peito sem torpor,
num chegar macio e indefinível.
Viver é quase sempre um infausto, infreme na poira do
caos.
Reboar não faz sentido, quando a nêmia é de abrigo.
Quem parte não espera pratos limpos
uma saudade senil já mata a fome.
Dona angústia, jogue as cinzas sob o tapete,
a casa é sua, estique os pés sobre o sofá
e não tire os sapatos.
A cachaça é amarga, mas é de bom grado.
coração, pra quê tanta sutileza,
ainda que a alegria já não seja familiar.