A tempos já não se ouve, um alarido de festa
Há muito tempo eu não vejo, você sorrir como outrora
O seu olhar sempre meigo, tão cheio de alegria
aos poucos se desfazendo, em meio a agonia
Com as poucas forças que restam, você sozinho implora
Óh meu Jesus venha logo, de dor, estou indo embora
O que me lembra a história de Lázaro!
Logo no dia primeiro, o sono da morte chegou
E já no dia segundo, disseram o mestre faltou
Porém no dia terceiro, falavam: ele está atrasado
Esquecem que o seu calar, também faz parte do trabalho
Porém no dia seguinte, na porta da tumba
chegou e hoje aqui neste lugar, também acabou de chegar
Eu não estou perguntando a quanto tempo faz
Eu não estou perguntando se já cheira mal
Eu não estou perguntando se ataram os pés
mas hoje sei que me ouve, meu amigo és
Eu não estou perguntando se está no hospital
eu não estou perguntando quem desenganou
mas eu estou ordenando volte a viver
sai para fora agora, tu não vai morrer
Viva! Decreto agora a vida! Declaro agora a cura
e enquanto ele te cura, você só glorifica
Na casa hoje tem vida, já não há mais quem dorme
já não há mais que chore, ow viva! vida!
Pra quem não tem saída, pra quem só pensa em morte
eu mudo a tua sorte, com vida, vida!