Lisboa também tem um namorado
E também tem ciúmes como nós
Lisboa quando sofre canta o fado
Com um soluço triste em sua voz
Lisboa é namorada delicada
Vaidosa e orgulhosa de assim ser
Lisboa fica às vezes amuada
Se o seu amor, amor não lhe oferecer
Refrão
Chama-lhe marinheiro
Fala dele na rua
E sente ciúmes dos olhos da lua
Chama-lhe marinheiro
Sem rumo nem rota
Sempre atrás das asas
D'alguma gaivota
Ele numa onda
Atira-lhe um beijo
E assim namoram
Lisboa e o Tejo
Lisboa tem arrufos com o namoro
Se o vê fazer olhinhos ás estrelas
E então vai mirá-lo ao miradouro
Que não vá o diabo tecê-las
Lisboa quando desce uma colina
P'ra namorar com ele toda se enfeita
Lisboa veste a saia de varina
P'ra ouvir os piropos que ele deita