Foi na festa da fazenda, do seu coroné João...
Que eu conheci minha Rita, formosa como um botão...
Seus olhos preto me olharam, senti meu corpo a
tremê...
Não foi priciso mais nada, pra nois dois se
compreendê...
Declamado:
Como eu era cantadô afamado do sertão...
Logo todos me pediram a saudade do Matão...
Neste eu mundo choro a dor...
Por uma paixão sem fim...
Declamado:
Num canto a Rita chorava, fui logo saber porque...
Não é por nada responde, é de orgulho de vancê...
Sempre gostei de ser livre, levando a vida a
cantar...
Mas ali mesmo com a Rita, eu combinei me casar...
Mas Deus não quis que assim fosse, não quis vê a nossa
alegria...
Uma semana depois, a minha Rita morria...
Declamado:
E no seu leito morrendo, apertando minha mão...
Me pediu; cante baixinho...
A saudade do Matão...
Neste eu mundo choro a dor...
Por uma paixão sem fim...
Declamado:
Não pude mais continuar...
Embaçaram os olhos meus...
Olhei chorando pra Rita...
Ela já estava com Deus...
E hoje sempre que escuto, a saudade do Matão...
Parece que eu vejo a Rita, deitada no seu caixão...
Toda vestida de branco, como querendo dizer...
Não foi nada vou contente, orgulhosa de vancê...