Homem filho do tempo, do meio, do apelo e da dor
A alma cansada penada de ser
Transpira a raiva e o medo de ter
De ter de enxergar em si mesmo aquilo que foi
O céu povoado a mais bela canção
Veja no inferno nem temos o pão
Nem mesmo aquele que o demo um dia amassou
Imagine então que belo foi
O inconsciente primitivo livre a estar
Pelas barbas grisalhas longas Noel
Pelo bosque encantado nevado Arthur
Pelo quente deserto do Alaska ou Istambul
Veja então que nada é
Puramente simples belo a nos mostrar
A saliva mais doce de um ditador
A sereia que encanta o pescador
A liturgia que embala os sonhos de um sonhador