Mil novecentos e sessenta e oito
Corria um boato de arrepiar
Contavam que um nego com um trinta e oito
Roubou cinquenta conto do mané do bar
E deu no calcanhar
E deu no calcanhar
O nego foi pro morro e se escondeu num canto
Havia um pai-de-santo naquele lugar
O nego disfarçou e se cobriu num manto
E disse que era ogã e foi-se abatucar
Humm, foi-se abatucar
E foi-se abatucar
O dono do terreiro fez descer um santo
E começou um ponto para Iemanjá
O nego que era ateu já foi ficando branco
Tossindo labareda, querendo agradar
Querendo agradar
E querendo agradar
O português custou mas chegou no recinto
O nego vendo aquilo disse saravá
E vendo o português com o canhão no cinto
A pólvora subiu, ele sumiu no ar
E até hoje mané jura, mané disse
Foi o diabo que roubou o bar
E até hoje mané jura, mané disse
Foi o diabo que roubou o bar
O português custou mas chegou no recinto
O nego vendo aquilo disse saravá
E vendo o português com o canhão no cinto
A pólvora subiu, ele sumiu no ar
E até hoje mané jura, mané disse
Foi o diabo que roubou o bar
E até hoje mané jura, mané disse
Foi o diabo que roubou o bar