BICHO DO MATO
BIcho do mato
Amante da solidão
O teu destino
É viver na contramão
Enraizado
Nas angústias
Que não passam
Os teus dias
São silêncios
Colossais
A tua morte
Já vem vindo
vejo ao longe
E esse corte
Que não pára
De sangrar
Na tua alma
De vida secular
Bicho do mato
É doente não sei não
É menino
Em grande confusão
Contaminado
Pelas astúcias
Que maltratam
Vejo vias
Sem sinais
No teu norte
Vejo um monge
A rezar
Na tua sorte
É tão clara
A dor do teu pesar
É tão cara
A cor do teu olhar
Bicho do mato
É a própria ocasião
O desatino
De qualquer constatação