A mão que ergo não alcança a paisagem
A distância me afaga de lembranças
E de tão próximo posso me ver
Na pronúncia dos verbos que amo
A boca resseca a voz
Vejo-me e por mim nada posso
Sinto-me e disso nada anseio
Amargo aos olhos é a luz da permissão
Nas pausas o meu grito é estridente silêncio
O meu grito é estridente silêncio
A noite brilha no meu hálito de luz
Desfaço o laço da promessa
A boca resseca a voz
Vejo-me e por mim nada posso
Sinto-me e disso nada anseio
Amargo aos olhos é a luz da permissão
O encanto se decompõe na paisagem