Quem tudo olha… Quase nada enxerga
Quem não quebra se enverga
A favor do vento
Eu não sou perfeito
Sei que tenho de pecar
Mas arranjo sempre jeito
De me desculpar…
Eu lá na Penha agora vou "estifa"
Mas não vou como um "califa"
Que foi lá desacatar
Mas a força falha
Ele teve um triste fim
Agredido a navalha
Na porta de um botequim!
Eu vou à Penha de qualquer maneira
Pra ver a minha santa Padroeira
Faz hoje um mês que fui naquele morro
E a Juju pediu socorro
Lá da ribanceira
Toda machucada
Saturada de pancada
Que apanhou do seu mulato
Por contar boato
Meu coração bateu a toda pressa
E eu fiz uma promessa
Pra mulata não morrer...
Pela padroeira
Ela foi bem contemplada
Levantou do chão curada
Saiu sambando fagueira!
Eu vou à Penha de qualquer maneira
Pra ver a minha santa Padroeira
Eu vou à Penha de qualquer maneira
Pois não é por brincadeira
Que se faz promessa
E... o tal mulato
Para não entrar na lenha
Fêz comigo um contrato
Para sumir da Penha
Quem faz acôrdo não tem inimigo
A mulata vai comigo
Carregando o violão junto à santa milagrosa
Vai cantar meu samba prosa
Numa primeira audição.
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Ficha técnica da faixa
Grupo da Odeon
Voz: Déo Maia
[ Samba - gravado em 1939 por Déo com o Conjunto Odeon - Odeon 11.762A ]