A minha tia tem mania de grandeza
É metida a baronesa e é mais forte que sansão
Pegou duas canoas e fez um par de chinelo
Deu um salto e deu um coice, derrubou dois aviões
Encerrou uma caldeira e fez uma saia dela
E falou pra Gabriela
“eu sou a alteza do sertão”
Pois aquele chapelada
Que o povo se admire
Que o chapéu da minha tia
É um pneu de caminhão
O povo fala do vestido que ela veste
E do calçado que ela calça
E do peso que ela carrega
Vive na língua do povo
Ela pediu imunição
Agora só ta comendo uma saca de feijão
Sei que entrou galinha
Ela faz todo o caminho dela
E fala pra Gabriela
Ninguém vai comer rojão
Pois aquele chapelão
É que o povo se admire
Que o chapéu da minha tia
É um pneu de caminhão
Ela pegou o moço amigo pela goela
Botou dentro da panela e fez um gosto do pilão
Chamou a população, mas ninguém compareceu
De tanto ela comer e pegou indigestão
Com toda essa comida não subiu uma costela
E falou pra Gabriela
Não faça eu perder a mão
Pois aquele chapelão
É que o povo se admire
Que o chapéu da minha tia
É um pneu de caminhão
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Luiza - Rio de Janeiro