Deixa-te deste orgulho
Pobre Messalina dos tempos modernos
Eu te admirava, mas de hoje em diante
Já não sou teu fã
Esta matéria podre
Células terrestres que compõem o corpo
Servirá de pasto numa campa escura
No nosso amanhã
Quem sou eu?
Mero peregrino ante mil espelhos
Eu não sou ninguém para dar conselhos
Repito sozinho, meu Deus quem sou eu?
Mas eu sinto
Muito sutilmente a presença de alguém
Trazendo-me versos, talvez do além
Para dar conforto a quem se perdeu
Vieste de outras eras
Trazendo consigo a nobre missão
Na podridão do mundo
Pegaste de novo instinto animal
Pois cuida-te, menina
Porque esse corpo já não vale nada
Mas resta-te o conforto
É cuidar da parte espiritual
Quem sou eu?
Mero peregrino ante mil espelhos
Eu não sou ninguém para dar conselhos
Repito sozinho, meu Deus quem sou eu?
Mas eu sinto
Muito sutilmente a presença de alguém
Trazendo-me versos, talvez do além
Para dar conforto a quem se perdeu