Eu vi primeiro, quase fui o único, eu percebi,
Eu vi a forma, eu vi jeito, eu entendi,
O mensageiro deixou recado, eu recebi,
Papel bonito, plastificado, eu aceitei.
Era uma paz, diziam ser bem mais, do que eu pudesse ser,
E era mesmo, tinha uma onda, eu naveguei,
Senti um pulso, aquele impulso, não era meu,
Eu estava muito além da minha euforia,
Que parecia ter gostado do que conheceu
Da realidade condenada pela fantasia
Havia luz, não, não, havia luzes piscando e passando pela minha frente, enlouqueci,
Tava no jogo, todo aquele espaço cresceu,
E o que era novo, eu descobri fui convocado,
Tinha uma porta, e eu achei:
A cor que não existe,
A cor que não existe,
A cor que não existe no mundo.
Fiquei com medo, fechei os olhos, eu me escondi,
Mas quis a fuga, bolei um plano, pra resistir,
Voltei seguido, fui vigiado, algo me bateu,
Fui procurado, todos queriam, o que era meu.
Comeram estrelas, apagaram as luzes, tentaram de tudo, tive que correr,
Corri perigo, escapei com sorte e todos os dias tento esquecer,
Anda comigo, vejo vez em quando, vive porque vivo, vai pra onde vou,
A cor que não existe,
A cor que não existe,
A cor que não existe no mundo.
A cor que não existe,
A cor que não existe,
A cor que não existe no mundo.
A cor que não existe,
A cor que não existe,
A cor que não existe no mundo.