Quando o velho pescador tombou
Do pontão da proa
Todo mundo veio e arrodeou a canoa
A espuma do mar beijou-lhe os pés
Ele é o cavaleiro das marés
Não vai mais arrastão na areia
Pescador cansado foi dormir
No colo da sereia
Tem que cumprir seu desejo, o herdeiro
Quem vive no mar dá pro mar seu saveiro.
Ninguém vai jogar mais peixe ‘bão’
pro mergulhão que voa
E a mulher não vai mais esperar a canoa
O seu corpo será lançado ao mar
na mortalha da rede de pescar
Lá se foi a procissão de velas
Pescador que é filho de Iemanjá
Foi se encontrar com ela
E um menino olhando o céu, jura que viu no céu bem cedo
Ele na canoa azul de São Pedro.