TERRENO INVADIDO
Sou do Rio Grande fui nascido no interior
Passei a infância trabalhando na lavoura, montando em potro
Laçando e fazendo a parte, pois nesta arte a vida foi minha professora
Vim para cidade na intenção de melhorar infelizmente não pude me adaptar direito
Estou morando num terreno invadido
Não Bandido mais já passei por suspeito
Lá onde eu moro ando sempre aprovado
Com a mão no bolso segurando a carteira
Pois varias vezes até já fui assaltado
Mesmo morando num cubículo de madeira
De vês em quanto estou chimarriando ouço a policia dando tiro em ladrão
Sou obrigado a me meter embaixo da cama para que uma bala não me leve para um caixão
To resolvido a voltar para minha querência no fim do ano volto deixar esta cidade
Lá ganho pouco e não vejo a cor do dinheiro mais para um campeiro tem fartura a vontade
Quero voltar a fazer o que eu fazia
Montar a cavalo a participar de rodeios.
Ver laço num tiro de volta e maia e dar serviço para o meu pingo e os arreios
O meu cavalo que era o meu companheiro e o meu cachorro que era meu melhor amigo
Quero montar e sair a galopilo ir dançar num salão de chão batido para chiquita filha do seu Graciliano
Se não me engano me disseram está solteira se ela quiser vamos marcar casamento.
Compositor: ©
Aurélio Nunes