Esse ódio de te ver assim tão distante de mim
Ainda vai me fazer te amar mais um pouco
Como cruzar esse mar entre os nossos jardins?
Como faz pra te ouvir mentir pra mim de novo?
Uma dor que não tem nenhum nome
Tempo instável pra nós, frio que aquece
Tv que não se vê
Ah... esquece
Esses dias te bebi, te escrevi o meu mundo
Meio vago, desbotado, doce e vagabundo
Qual o tom do teu cabelo nesse mês de janeiro?
Quantos tipos? Quantos pixels pra te ver por
inteiro?
Uma cor que não tem nenhum nome
Vento ingrato pra nós, sol que escurece
Tv que não se vê
Ah... esquece
Te vi em cores turvas do outro lado da rua
Fugi para o teu prédio que ficava tão perto
Do passado que voltava atrasado
Pra buscar meu coração
Tão trancado em meu quarto
Que em silêncio me pede
Ah... esquece
Onde estás? Aonde vais?
Onde ficou teu abraço?
Meu vasto, tão raro
Teu laço, tão meu
E o que me prendeu também te amarra
Vai muito além daquela sala
Ou escada
Ou estrada
Onde eu também te quis
Pra sempre