Floresta encantada, vou tentar acreditar,
Mas existe coisas estranhas acontecendo por lá,
Um barato com orelhas apontadas,
Segurando uma estaca de uma erva que ia fumar.
O tal carinha tinha as pernas curtinhas,
um chapéu muito engraçado, que era fácil de notar,
me perguntando se eu sabia o que era ceda.
Respondi: "Não sou careta, dessa erva uns pega você vai me dar"
Falou que o ayahuasca era uma raíz encantada,
uma força inigualada e do seu chá ia tomar.
Bebi três dedos numa "cuia de cabaça",
era amargo, era massa, só pensava em virar.
Alguns minutos saí do meu corpo inteiro,
era forte, passageiro, foi bom, pode acreditar.
Ô! tal carinha desça desse cogumelo
e me conte o mistério da floresta, tou aqui pra escutar.
Não sou carinha, muito menos está o "barato" por aqui,
Falam que sou chato, de gnomo você pode me chamar...
Mas eu sou duende, tenho orelhas diferentes,
sou pequeno, inteligente,
eu sou verde, mas sou gente.
Arco-íris aparece, faço festa lá,
tem um pote de ouro que ninguem pode encontrar.
Na floresta ensinei um indio a fumar,
tomar cha de cogumelo e ninguem pra atrapalhar.
pode ir embora, mas com a certeza...
sou maluco, sou beleza, gente fina pra mandar
Porque eu sou duende, tenho orelhas diferentes,
sou pequeno, inteligente,
eu sou verde, mas sou gente.
Mas eu sou duende, tenho orelhas diferentes,
sou pequeno, inteligente,
eu sou verde, mas sou gente.