[Paulinho da Viola] -
Costumo dizer que o meu tempo é hoje.
Eu não vivo no passado, o passado vive em mim.
Sonhos, letras, versos, rimas, atitudes que compus,
rua, regras, noites e madrugadas de capuz;
Disciplina, o essencial fascina, o final me alucina
Rap além de compromisso, destinado à minha sina.
Na busca azz veizz estrela ofusca, mas de um jeito bom
lapidando o dom, sem vacilar no tom.
Mó cota fazendo som, tru
inspiração que oscila de cartola à ice blue.
Difícil de entender, é mais fácil de sentir
pelo menos foi o que me fez chegar aqui.
Pude compreender após cair algumas vezes
que o tempo verdadeiro não pode ser resumido em meses,
anos, segundos, horas..
O tempo depende da aceitação dos senhores e das senhoras,
que fazem o mundo girar com o sentimento
então não pense que um relógio possa segurar o tempo!
Tempos, momentos, lamentos, talentos e evolução.
Rap mais que movimento, é família, união!
Salvo e são, no mundão são e salvo,
de cap, click clack seu coração é meu alvo!
Tempo atrás de tempo há um bom tempo irmão,
tento mas esquecimentos sei que são em vão.
Valorizados, importantes, lembrados bastante,
improvisados sufocantes e emocionados nos instantes.
E assim prossigo sempre junto com os meus,
agradecendo todo dia a vida que Deus me deu.
Chora o que desafora, agora vamo embora,
vim pra te falar a real, e já tava mais que na hora!
Lembranças de um passado bom, visando a frente,
controlamos ponteiros como ponteiros controlam a gente!
Evidente, a corrente é ruim de quebrar..
como um toque divino, quando chega é pra abençoar
(2x)
Velha história de passado, do pra frente que se anda,
erros anotados, registrados em comandas;
O tempo traz, o tempo tira,
às vezes pensa e traz de volta..
Cai não neguinho, tá na hora então se solta!