Eu tenho duas mulheres.
Duas mulheres que amo.
Duas mulheres que adoro.
Uma delas sou eu.
A minha mãe não tem carro.
A minha filha me ama.
Minha irmã que odeia,
a minha prima na cama.
O meu pai não sabe,
que eu sou assim.
Totalmente estranha.
Totalmente normal.
Mas ninguém me entende.
Nunca fico contente.
Todo mundo é antigo.
E ninguém é meu amigo.
São conservadores.
São retrovisores.
Todos querem viver.
Nunca vão me entender.
Quero sentir o meu corpo.
E enterrar o que é morto.
Já que o "o" assim,
já faz parte de mim.
A minha irmã que não gosta.
A minha prima me adora.
A minha filha me segue,
ela é agora é moleque.
Entrar para o time,
não faz mal a ninguém.
O quê eu quero é mulher,
o quê eu quero é alguém.
Mas ninguém me entende.
Nunca fico contente.
Todo mundo é antigo.
E ninguém é meu amigo.
São conservadores.
São retrovisores.
Todos querem viver.
Nunca vão me entender.
A minha mãe não tem carro.
A minha filha me ama.
Minha irmã que odeia,
a minha prima na cama.
Solo
Vo botar pra quebrar.
Vo botar pra brigar.
Vo botar pra colar.
Vo botar pra cruzar.
Mas ninguém me entende.
Nunca fico contente.
Todo mundo é antigo.
E ninguém é meu amigo.
São conservadores.
São retrovisores.
Todos querem viver.
Nunca vão me entender.