Pro patrão velho o coração não tem tramela,
Nosso chucrismo não nega
Nossa estampa de cristão
Sou indio velho fui criado na peleia,
Qualquer coisa meto a espora
O tinhoso não me arreia.
Me perguntaram o porque da minha alegria
Desde cedo noite e dia na lubuta do rincão
Acordo cedo me aprumo e tomo um mate,
Clamo a proteção divina e empezo a trabalhar
A minha vida é lida bruta de campeiro
Não me falta companheiro na hora de pelejar
Sou missioneiro, viro os casco pro pecado,
Tenho cristo do meu lado e a mãe dele na garupa
Não tem potro que me dê um guasqueaço,
Não há taura abagualado que escape do meu laço
Na minha mala não carrego duas pilcha
Pois no mundo cabortero há xirú que não a tem
Fui escolhido pra levar boa nova a todo xirú pachola
Na maior simplicidade
No meu ofício coisa poca não me assusta,
São gritos de fuja loco se o tinhoso me cutuca