Depois dos copos, sob a lua
Nem rua, nem roupa
Eu e você, toda nua
Depois do bar, sobre estrelas
Centenas
Eu e você, toda plena
Depois dos tombos, sob galhos
Eu e você, em retalhos
Depois dos gemidos
Fadigados
Cansados, dormimos
Eu e você do meu lado
Depois, de manhã, nós sob encanto, no entanto
Seu nome nem sei
Eu e você, toda espanto
Deu-me um beijo e foi-se embora
No outono da manhã esbranquiçada
Registrou um sorriso nos meus olhos
Andou pela estrada das folhas desfolhadas
O acaso se foi
É tanto, que eu nem sei dizer oi
(Nem uma palavra
Pelo ar apenas o som de folhas secas
Se quebrando sob os passos
Dopados de partir)