Sei que nada vai ser como era antes
Sei que os anos passam pela nossa cabeça
E agora você me diz que já é o bastante
Pra que tanta coisa eu me esqueça
Não se esqueça que a morte dos homens
Ainda é produzida pelas nossas mãos
Tanto sangue derramado dava pra encher o oceano
Não se esqueça dos males que a tudo consome
Ainda são produzidos pelas nossas mãos
Tantos homens calados, sem ter voz, nem coragem
Sei que nada vai ser como era antes
Sei que os anos passam pela nossa cabeça
E agora você me sorri como se fosse o bastante
Como se o nosso papel já fosse cumprido
Não se esqueça que ainda se mata por Deus
E você escondido nesse seu sonho ateu
Não se esqueça que um homem precisa do outro
E que somos poeira que se arrasta
Sempre um atrás do outro