Desde que o negro aqui veio
Arrancados do seio da África
Oh! Mãe África
São os homens do gueto
Reféns do preconceito
Que o branco causou em seus peitos
Não somos mais mercadorias
Mas pra vocês
Ainda somos menos que vocês
De lá para cá, não mudou quase nada
De lá para cá, chamam-nos sub-raça
De lá para cá, herdamos só
Herdamos só a tua intolerância
Herdamos só desigualdades
Herdamos só teu preconceito
Mas não herdamos de vocês a paz
Gritos do Gueto
São os gritos do gueto
Gritos do gueto
Já não nos ouvem mais
Gritos do gueto
São os gritos do gueto
Gritos do gueto
Nós só queremos paz
Desde que o branco aqui veio
Em solo brasileiro
Promoveu destruição, degradação
Nossos índios desconheciam
A ambição, o egoísmo
Mas os brancos trataram logo de lhes ensinar
Destruíram nossos costumes
Se apossaram de nossas florestas
Que ainda hoje sofrem desimação
Assassinaram nossas famílias
Sugaram todas as riquezas daqui
Mas Tupã viu
Que Tupã os faça pagar
Pois a ira de Tupã não falha
De lá para cá, não mudou quase nada
De lá para cá, chamam-nos sub-raça
De lá para cá, herdamos só
Herdamos só a tua intolerância
Herdamos só desigualdades
Herdamos só teu preconceito
Mas não herdamos de vocês a paz
Gritos do Gueto
São os gritos do gueto
Gritos do gueto
Já não nos ouvem mais
Gritos do gueto
São os gritos do gueto
Gritos do gueto
Nós só queremos paz
O índio e o negro
O índio e o negro
O índio e o negro
Duas dignas raças
O índio e o negro
O índio e o negro
O índio e o negro
São a pura raça
O índio e o negro
O negro e o índio
O índio e o negro
Duas dignas raças
O índio e o negro
O índio e o negro
O índio e o negro
São a pura raça