Nem eu, nem você, podemos ficar
De braços cruzados, enquanto coitados
Não sabem, ao certo, pra onde vão, nem porque
E eu pergunto:
Afinal, onde estamos nós? O que somos nós?
E o que fazemos nós?
Não há um convite a interessados,
Pois fomos chamados, sem exceção...
A palavra já diz, nós sabemos e bem.
Somos luz e sal
E eu pergunto:
Afinal, mas se não salgar? E se não brilhar?
Pra que servimos nós?
Multidões se batem, se abatem,
Correm, andam, sem direção!
São as lutas e as guerras e os rumores de uma paz.
Que bem longe vai.
O que fazer?
Não posso calar!
Deixar meu próximo cair,
Enquando eu estou aqui, cansado de saber que:
Cristo é a paz que vence o mundo
Nem eu, nem você, podemos ficar de braços cruzados.
Não.