Vou ter que enfrentar mais essa maré
Mas vou prosseguir
Sei que o mundo vem pra me apedrejar
Mas eu vou dormir
É que eu posso descansar, eu sei
Se uma noite eu vou chorar? Talvez
Amanhã, vou despertar e, aqui no coração
Tudo em paz, vou me levantar outra vez
Vão me pressionar que é pra eu desistir
E voltar pra trás
Tem mais um leão pra me rodear
Mais vou me deitar
É que eu posso descansar, eu sei
Se uma noite eu vou chorar? Talvez
Amanhã, vou despertar e, aqui no coração
Tudo em paz, vou me levantar outra vez
Se eles querem perturbar o meu descanso
Eu não vou me separar do meu colchão, ó, não!
É que eu posso descansar, eu sei
Se uma noite eu vou chorar? Talvez
Amanhã, vou despertar e, aqui no coração
Tudo em paz, vou me levantar outra vez
Outra vez, outra vez, outra vez, outra vez
Genérica
Cílios postiços e lentes de cores nos olhos
Meia de seda e chinelo de dedo nos pés
Flores de plástico e frutas de cera nas mãos
Carmem Miranda sem tique pro samba, mas faz a pose como ninguém
Quem é você?
Quase ninguém vê
Quem se deslumbra com plumas de fibra a não ser você?
Quem é você?
Só Deus pra saber.
Volta pra vida e aterrissa pra gente te ver
Furo no bolso e, no pulso, um relógio “falsie”
Dente cariado, mas hálito de hortelã
Viva o pancake que faz de duas faces maças
Tão arrumado sepulcro caiado, esperando um tonto pra te ver
Quem é você?
Quase ninguém vê
Quem se deslumbra com plumas de fibra a não ser você?
Quem é você?
Só Deus pra saber.
Volta pra vida e aterrissa pra gente te ver