Ainda vejo os girassóis nascendo
Em velhos céus abandonados
A poesia e sangue escorrem na sarjeta
Quantos mantras cantados em delírio
O corpo nú careca cabeludo
seguindo a mesma pantonímia bêbada
E o automóvel verde
E o automóvel verde
Tá pronto pra partir pro céu
Chorar no topo das montanhas
Iluminado e viajante
lembrandos as vidas rápidas
de mágicos fantasmas
poesia pura enlouquecida
Hare Krishna no meio da fumaça
Satori nas esquinas do planeta
E o automóvel verde
E o automóvel verde
tá pronto pra partir pro céu
provar o gosto das cores
fazer a grande viagem
interior
apartamentos, nuvens
lugares invisíveis
estradas azuis que levam a toda parte
e o automóvel verde
e o automóvel verde
tá pronto pra partir pro céu