Axé, quando a noite alumia
Vou seguir a caminhada carregando a tua guia
Eis o Pilintra sob o clarão da Lua
Nosso povo toma a rua
Louvação se inicia
Laroyê, Exu!
Pra quem quiser chamar
Saravá, saravá
Mojubá!
A seca castigava a sua terra
Nessa vida severina vai buscar a liberdade
Salve a jurema no sertão do catimbó
O destino dá um nó num porto de saudade
Partiu e abraçou novo terreiro
Vestiu a malandragem lá no Rio de Janeiro!
Zé Pilintra, Zé Pilintra
Boêmio da madrugada
É o rei do carteado e também da encruzilhada
Zé Pilintra, Zé Pilintra
Do sapato bicolor
Juramento de malandro é fugir do desamor
Acende o candeeiro
As almas de umbanda iluminam o congá
Nas sete linhas, a responsabilidade
A fé reflete a paz de Oxalá
Tu és o grito das favelas
Entre becos e vielas
A voz do povo sofredor
Quem me protege, não dorme
Meu redentor!
Quando o couro do tambor, arrepia!
Abre a gira pra saudar meu protetor
Incorpora na avenida
A Barroca é quem te chama
Salve Zé Pilintra de Aruanda!
(Respeite quem veio vencer demanda!)