Convidei minha comadre
Pra nóis i coiê goiaba
Lá no pomar da vizinha.
Ela levô a empregada
Que estava muito folgada
E há tempo não faz nada
Pra dá uma saidinha.
Chegando lá no pomar,
As duas tavam louca pra trepar.
Eu falei com minha carma
E uma de cada vez
Senão o gaio vai entortar.
Pra poder coiê goiaba
Tem que tá bem madurinha
Não importa a cor por fora
Mas por dentro da goiaba
Tem que tá bem vermeinha.
A danada da empregada
Que por ser muito assanhada,
E sem ligar pra nada
Já foi trepando no ato.
E falô para a comadre
Eu vo chacoaiá o gaio
Pra despregá a goiaba
E ocê segura o saco.
Nessa hora eu percebi,
que minha comadre
Não achou muito bão.
Vendo a outra trepada,
E ela ali do lado
Com o meu saco na mão.
Pra poder coiê goiaba
Tem que tá bem madurinha
Não importa a cor por fora
Mas por dentro da goiaba
Tem que tá bem vermeinha.